Foi demonstrado que dietas ricas em proteínas podem levar à perda de peso a curto prazo, mas são prejudiciais ao corpo?
Há pesquisas que sugerem essas dietas podem fazer mais mal do que bem às pessoas. 34 mulheres com sobrepeso participaram de um estudo no qual metade do grupo foi solicitada a seguir uma dieta típica para perda de peso, que continha uma quantidade padrão de proteína, e a outra uma dieta idêntica, embora com 50% a mais de proteína do que o normal.
Ambos os grupos conseguiram perder 10 por cento do peso corporal. No entanto, o grupo de alta proteína não mostrou aumento na sensibilidade à insulina, um benefício típico de perda de peso que pode desempenhar um papel na redução do risco de desenvolver diabetes tipo 2.
Dessa forma, embora tenha ajudado essas mulheres a atingirem seus objetivos de peso, a dieta rica em proteínas as despojou de um dos principais efeitos colaterais favoráveis da perda de peso.
Outro estudo muito maior conduzido na Espanha trouxe dados ainda mais preocupantes sobre os efeitos das dietas ricas em proteínas. Os pesquisadores pediram a mais de 8.000 homens e mulheres que registrassem detalhadamente sua ingestão diária de proteínas. Aqueles que mais consumiam não eram apenas os mais propensos a ganhar peso, mas também a morrer de causas cardiovasculares, bem como a 48 por cento mais probabilidade de morrer de câncer.
Em um terceiro estudo, 100.000 mulheres na pós-menopausa foram solicitadas a relatar sua dieta diária. Os pesquisadores descobriram que, com o aumento da ingestão de proteínas, a incidência de insuficiência cardíaca dobrou.
Deve-se notar que as proteínas não são prejudiciais, mas só são perigosas quando abusadas, como é o caso com qualquer grupo de alimentos. Pesquisas indicam que o valor de proteína diário mais saudável está entre 45 e 50 gramas, certificando-se de que nem todos são de origem animal. As plantas também fornecem quantidades adequadas se comidas e combinadas corretamente.